domingo, 27 de outubro de 2013

Peru 3: nem mais, nem menos!





           Em primeiro lugar, peço desculpas pelo meu sumiço. Mas tenho tido alguma dificuldade em encontrar tempo para escrever no meu amado blog. 


           Então para conseguir finalizar o Peru e partir para novos horizontes gastronômicos, abaixo conto um pouco da minha experiência em alguns restaurantes que estive. E no meu próximo e último post, deixei reservado o menu de 24 pratos do Astrid e Gastón.
Apenas para explicar o título de hoje, minha expectativa quanto a culinária peruana era realmente muito grande e o que encontrei era exatamente o que esperava. Uma comida fantástica, feita com ingredientes únicos, trabalhados com perfeição e amor.






Central




          O Central é tido atualmente como um dos melhores restaurantes peruanos e o 4º melhor da América Latina. Seu chef, Virgilio Martinez é ganhador de inúmeros prêmios e sua comida apresenta fortes misturas entre a culinária japonesa, vietnamita, francesa, italiana e até brasileira.

            Vou fazer um parênteses aqui e contar rapidamente antes de me perder em meus pratos, a experiência única de andar de taxi em Lima.
            Saímos do hotel em Miraflores, em frente ao Shopping Larcomar, para quem conhece Lima, um endereço bem fácil,  entramos num taxi de rua, um daqueles carros cujas  portas podem cair a qualquer minuto. Buenas noches trocadas e o endereço do restaurante foi passado ao motorista.  Adicionamos a informação de que o restaurante que iríamos era " cerquita" do hotel. Isto eram 21:10h. Nossa reserva 21:30h. Tempo perfeito. Depois de 20 minutos no taxi, informação pedida à pedestres, policiais, manobristas, Google Maps, descobrimos que estávamos em Surquillo, uma região não muito bonita.             Foi quando assumimos o comando do caminho e às 21:50h  chegamos ao restaurante. Resumindo: os taxistas não conhecem a cidade e não possuem taxímetro , então fique "esperto"! Digo isto porque, ao sair do restaurante descobrimos que nosso hotel estava localizado há exatas duas quadras.

           Imaginando que teríamos perdido a reserva, descobrimos que na verdade não tínhamos reserva. Serviço impecável, pediram que aguardássemos no bar que sentaríamos em alguns minutos. Inconformada com a "não reserva", peço para meu marido verificar com quem fez a reserva. Foi quando descobrimos que a reserva havia sido feita para a noite anterior. Risos e brindes, fomos para a mesa.

Meu pedido foi como entrada " Tarta  de Foie Gras" , manzana mala, higo de verano, miel cabuya e vino natural.
O prato parecia uma pintura. Lindíssimo. O foie derretia na boca, mas o excesso de maças, deixou o prato um pouco enjoativo.



         Meu marido foi de "Canelón de Cordero", queso urubamba, tomate rachamac, muña,  brote de altura. O cordeiro estava divino, desmanchando e o crème brulée de queijo urubamba perfeito. Ponto para a escolha dele.



           No prato principal tinha certeza que arrasaria, fui de "Cerdo de 21 días", natilla de pera, chía, micro hoja de temporada e flor silvestre. Por mais estranho que possa parecer, meu porquinho estava duro e sem graça.


         O prato do Lu, Bife Ancho Lacado, sangre de airampo, coliflor, Kañiwa e mantequilla negra. Carne desfiando, muito boa. Ponto novamente para ele, apesar de não estar maravilhoso.


        Fiquei um pouco decepcionada com o restaurante, apesar do serviço gentil, a comida não me encantou. Lugar para voltar e tentar novamente.








La Mar

       Considerado o 15º melhor restaurante da América latina, o La Mar faz parte do império de restaurantes do famoso Gastón Acurio. Prefiro falar de Gastón, no próximo post. Então vamos ao La Mar. Uma cevicheria deliciosa, com filiais em San Francisco, Santiago, São Paulo, Cidade do México, Cidade do Panamá e Nova Iorque. Tudo começa com crocantes chips de batatas, mandioca e banana e molhinhos à base de aji.
       Começamos com um antocuchos de pulpo,  asados a la brasa con chimichurri parrillero y papitas al mortero.




      Como prato principal fui de  Ravioles negros de cangrejos, um prato rico e de sabor intenso.



       Meu marido escolheu o Linguini con erizos, as ovas de ouriços estavam perfeitas.



       Todos os pratos muito bons e o ambiente do restaurante é elegante e ao mesmo tempo informal e muito agradável.












El Mercado



      Este restaurante foi sem dúvida um dos mais agradáveis que estive em Lima. O lugar perfeito para um almoço despretensioso e maravilhoso ao mesmo tempo. Faz parte do grupo de restaurantes do famoso chef Rafael Osterling, considerado atualmente um dos melhores chefs da America Latina.
O que mais me surpreendeu neste lugar além da comida, foi o serviço. Extremamente eficiente e gentil. E quanto a comida, definitivamente o melhor polvo que eu comi na minha vida. 

 
         Aliás, foi a primeira vez que vi um polvo desfiando. O sabor e a maciez surpreendentes. 





 
 
 

 
 


No El Mercado, fomos de Ceviche de Lenguado,  depois uñas de cangrejo, pulpo a la parrilla e por último experimentei uma Causa Original, prato típico peruano feito com batatas. 








A minha era com: cangrejo & langostinos en salsa cocktail, aiolli de palta, huevo & crema de ajíes. Tudo muito, muito gostoso!








 No próximo post, encerro minha viagem ao Peru, com o menu VIAGEM de Gastón Acurio.
 

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