domingo, 29 de setembro de 2013

Termina bem, quando começa bem: Waffles!



                                Não é a toa que adoro receitas de café da manhã. Esta é sem dúvida, minha refeição predileta. Não estou falando em quantidade, mas puramente em qualidade. 

              Meu humor ao longo do dia depende deste ritual lento de acordar o corpo e a mente tendo deliciosas guloseimas como despertador. 

              Parece que estou delirando num conto de fadas, não é? Concordo, mas pelo menos nos finais de semana eu consigo realizar meus devaneios “gastro-comportamentais” (este termo existe?).



                 



 E como hoje é domingo, nada mais inspirador do que abandonar a dieta, tirar o relógio e ir para a cozinha. 
         
        


 



  Ainda mais que temos a deliciosa visita do meu sobrinho passando o final de semana em nossa casa no Rio. E o prato escolhido de toda a turminha: waffles.


 Deliciosas massinhas prensadas que podemos comer com diversas coberturas, tanto doces quanto salgadas. E a história vem de longe, nos leva à Grécia antiga onde estão relacionados aos obleios, bolos chatos assados entre duas placas de metal diretamente na brasa.





                     Os primeiros ferros de fazer waffles datam do século 13 na Holanda ou Alemanha. Estes ferros traziam gravados brasões, símbolos religiosos e o padrão de colméia que usamos até hoje. 

         Chegaram aos Estados Unidos pelas mãos dos peregrinos holandeses em torno de 1600. Mas só se tornaram conhecidos no século seguinte, quando Thomas Jefferson trouxe de uma viagem a Paris um ferro de waffles e os fez famosos na Casa Branca.



 De lá pra cá, os waffles se transformaram num dos principais itens do café da manhã americano, sendo servido principalmente com manteiga e xarope de bordo (maple syrup) em diferentes formatos.
                 Outro país grande apreciador dos waffles é a Bélgica, que adiciona fermento biológico à massa, deixando-os mais grossos, porém com textura mais macia e leve. 

        Na receita americana o fermento biológico é substituído pelo químico, que acelera o processo, resultando num waffle mais fino, porém mais denso.




        Existe ainda o famoso Waffle Liège, o Waffle Bergische, o Stroopwafels, etc. E como não podem faltar às receitas de sucesso, existem inúmeras criações em cima deste tema, como: waffles de batata assada, waffles de fubá, waffles servidos com caviar, com frango, etc.



         E acredite se quiser, existe até o “Dia do Waffle”, celebrado em 25 de março na Suécia. Um bom apetite!




Waffle
Rende  10 waffles

Esta receita é do grande chef Yves Camdeborde, de um dos meus restaurantes preferidos em Paris, o Le Comptoir. Ele serve com um Coulis de Caramelo cuja receita está abaixo. Eu não consegui fazer porque nossos waffles termiraram antes. Aqui servidos principalmente com Nutella!!!!

Ingredientes
            Massa

·       1 ¾ xícaras de farinha de trigo
·       2 colheres de sopa de açúcar
·       1 ½ colheres de chá de fermento químico em pó
·       ½ colher de chá de sal
·       1 ¾ xícaras de leite
·       2 ovos
·       90g de manteiga derretida
·       açúcar de confeiteiro

            Coulis de caramelo
 
·       ½ xícara de açúcar
·       ¼ xícara de água
·       ½ xícara de creme de leite fresco (nata)
·       50g de manteiga
·       ½ colher de chá de flor de sal

Preparo

Waffle: Misture a farinha, o açúcar, o fermento e o sal numa tigela. Separadamente bata o leite, os ovos e a manteiga derretida. Junte a mistura do leite com a farinha de trigo, mexendo até ficar uniforme. Deixe descansar por 1 hora em temperatura ambiente. Coloque na máquina de waffle seguindo as instruções de uso do fabricante.

Coulis de Caramelo: Numa panela leve o açúcar e a água para ferver. Deixe fervendo até começar a dourar, acrescente o creme de leite e mexa sem parar até dissolver os pedacinhos de caramelo. Retire do fogo e adicione a manteiga e o sal. Sirva os waffles com açúcar de confeiteiro polvilhado e o coulis de caramelo.







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